terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A Saga da Maternidade!!!

Postado por Diva Moms às 05:33
Nossa... primeiro post do ano.

Reinaugurando meu cantinho, tirando as teias de aranha e o pó do esquecimento...

Na verdade, não foi um esquecimento qualquer, tive um motivo pra lá de especial para ficar afastada daqui... e acho que a essas alturas vcs já sabem qual foi, não sabem?

Bom, pra quem ainda não sabe, em setembro de 2010 nasceu meu caçulinha, que sem dúvida alguma veio muito diferente do que eu idealizei, ele não foi nem de longe um bebê calmo, exigiu demais de mim... principalmente no primeiro mês. Fiz muitas pesquisas na internet, precisava entender o que acontecia comigo e com ele... em um dos fóruns que participo algumas mamães deram sugestões de leitura e foi aí que descobri o livro "Os Segredos de uma Encantadora de Bebês" da escritora Tracy Hogg, continuei sem achar uma definição para o meu bebê, mas descobri muitas outras coisas, dentre elas, que ele era híbrido, abaixo algumas das definições:

Bebê anjo, livro-texto, sensível, enérgico e irritável

A verdade é que o meu bebê se enquadrava em todas as explicações o que a princípio me causou certo pânico... como alguém tão cansada poderia decorar tantas dicas, tantas regras diferentes?

No primeiro mês eu sofri bastante, nunca havia ouvido falar de um recém- nascido que não dormia, mas acreditem, tirei a sorte grande e ganhei um. A recuperação da cesárea foi tranqüila, mas eu não sou um ET, sentia dor nos pontos como qualquer uma de nós, meu leite demorou cinco dias pra descer, eu tive o baby blues, chorei todas as pitangas possíveis e imaginárias, cheguei ao extremo de emoções, pensei em quais pecados tinha cometido para merecer tanto sofrimento... passei um mês sem dormir mais que 40min, com um bebê pendurado no seio, com o corte da cesárea cicatrizando e com uma vontade de fugir imensa.

No segundo mês, eu e meu filhote, começamos a nos entender... o cansaço ainda era muito, quase insuportável, mas já não era mais como no mês anterior... nossos pequenos progressos foram acontecendo.
Os choros diminuíram, já não existiam mais na hora do banho e da troca de fraldas, apenas quando a fome apertava os escutava e eu pude me acalmar. Aprendi a ler o que meu bebê precisava e aos poucos fomos nos conhecendo de verdade.
Ainda estamos longe da perfeição e certamente não iremos atingí-la e isso nunca foi uma de minhas pretensões, mas estamos mais cúmplices e companheiros que antes e assim quero caminhar com ele por toda a minha vida, como sua amiga fiel e dedicada.

Hoje ainda choro, não mais por desespero, choro quando vejo a perfeição da natureza... quando vejo aqueles olhinhos que me reconhecem e me acompanham quando passo... quando no meio da madrugada vejo uma escancarada boca sem dentes e gestos que dizem mais que qualquer palavra... choro de alívio e felicidade.

Choro porque pela segunda vez sou mãe!
Mãe de duas experiências diferentes, mas com igual teor se as correlaciono ao que aprendi, não foi pouco aprendizado não... foi muito e continuará sendo por toda a nossa caminhada, sempre aprendendo e ensinando.

Hoje tenho uma definição pra o bebê que eu achava ser híbrido no começo deste post, ele é meu bebê e só... e descobri que eu era uma mãe, muda (pq achava bobagem explicar ao meu bb o que estava fazendo, apenas tirava as suas roupas e o colocava pro banho ou trocava suas fraldas), surda (pq não conseguia distinguir os sons de socorro, fome, frio, calor e etc.  que meu filho fazia) e cega (pq a expressão corporal era evidente e mesmo assim eu não entendia), EU não conseguia entender o que meu pequeno queria e isso não me faz pior que outras mães, muitas de nós, se não a grande maioria passa por isso, aguardamos bebês calmos e nos surpreendemos quando eles de fato chegam e levam pro ralo todas as imagens que haviam sido criadas por nós durante os nove meses em que o embalamos no ventre. Mas saibam que até aqui não cometemos nenhum erro.

Ninguém nasce mãe, mesmo que já tenha 1, 2, 3, 4, 5 ou sei lá quantos filhos, são todos diferentes... eu aprendi a ser mãe do Gui (prematuro extremo quando ainda tinha 21 anos) e aprendi a ser mãe do Caíque (nascido a termo com apgar 10/10 aos 26 anos) e assim erguem-se as barreiras da linguagem pura, vista por muitos como "único" meio de comunicação e caem as barreiras do sentir, do entender, do respeitar e do amar.
Ser mãe jamais será tarefa fácil, é árdua, dolorosa, sombria, sufocante, angustiante e ao mesmo tempo é leve, clara, satisfatória, pura e plena muito plena... perdoem-me se acham que enlouqueci por colocar antônimos como características da maternidade, mas a maternidade é mesmo assim, sentimentos que se misturam e se contradizem.


Hoje com quase quatro meses nos entendemos muito bem, ele continua sendo um bebê que não fala, é claro, ainda não cheguei ao ponto de ouví-lo falar e, por favor, me internem se citar algo do gênero.
Mas expressa com clareza suas vontades, necessidades... e suas manhas... meus filhos não são "os perfeitinhos" e nem quero que sejam... quero moleques felizes, que carregam nos olhos o brilho da vida, no rosto a face da alegria e que saibam ter aquilo que mais prezo na vida... RESPEITO e AMOR AO PRÓXIMO!


Volto em breve para contar nossas novas aventuras...

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